domingo, junho 08, 2008

Portugal 2-0 Turquia



1 Ricardo
2 Paulo Ferreira
4 Bosingwa
7 Cristiano Ronaldo
8 Petit
10 João Moutinho
11 Simão (83 min)
15 Pepe (GOLO 61 min)
16 Ricardo Carvalho
20 Deco (90+2 min)
21 Nuno Gomes (69 min)

Suplentes

22 Rui Patrício
3 Bruno Alves
5 Fernando Meira (90+2 min)
6 Raul Meireles (83 min) ; (GOLO 90+3 min)
9 Hugo Almeida
13 Miguel
14 Jorge Ribeiro
17 Ricardo Quaresma
18 Miguel Veloso
19 Nani (69min)
23 Hélder Postiga


Turquia

23 Volkan Demirel
2 Servet Çetin
3 Hakan Balta
4 Gökhan Zan (55 min)
5 Emre Belözoğlu
7 Mehmet Aurélio
8 Nihat Kahveci
17 Tuncay Şanlı
18 Kazım Kazım
21 Mevlüt Erdinç (46 min)
22 Hamit Altıntop (76 min)

Suplentes

1 Reçber Rüştü
12 Tolga Zengin
6 Mehmet Topal
9 Semih Şentürk (76 min)
10 Gökdeniz Karadeniz
11 Tümer Metin
13 Emre Güngör
14 Arda Turan
15 Emre Aşık (55 min)
16 Uğur Boral
19 Ayhan Akman
20 Sabri Sarıoğlu (46 min)
Treinador: Fatih Terim


Portugal venceu de forma merecida a Turquia, por 2-0, no seu primeiro jogo no UEFA EURO 2008 e, como consequência, assumiu a liderança do Grupo A.

Domínio
Portugal controlou o desafio do princípio ao fim, em parte porque a forma como preencheu o meio-campo impediu que os turcos chegassem com perigo à grande área. De facto, a Turquia terminou a partida com um único remate efectuado à baliza - de longa distância e sem verdadeiro perigo para o guardião Ricardo, que, à excepção de algumas bolas lançadas em profundidade e pontapés-de-canto, não teve grande trabalho ao longo dos 90 minutos.

Posse de bola determinante
Portugal dominou o jogo, o que é visível pela percentagem de posse de bola. Ao intervalo tinha 63 por cento e até marcar o primeiro golo o jogo foi praticamente de sentido único. A equipa de Luiz Felipe Scolari também foi mais disciplinada, cometendo apenas dez faltas, quatro delas depois do golo inaugural, contra 23 da Turquia - um indicador da qualidade, bem como da quantidade da sua posse de bola.

Ocasiões de golo
Ambos os golos surgiram de jogadores inesperados, que nunca tinham marcado por Portugal. E ambos foram resultado de uma forma de jogar mais aberta e ofensiva, em vez da contenção. A Turquia não criou uma única oportunidade de golo flagrante e só ameaçou a baliza lusa ocasionalmente, através de cruzamentos e pontapés de canto. Em oposição, Portugal fez oito remates à baliza, dois dos quais ao poste - por intermédio de Cristiano Ronaldo e Nuno Gomes - e um outro que embateu na barra da baliza, da autoria do capitão português (Nuno Gomes), num remate de cabeça.

A armadilha do fora-de-jogo
O controlo que Portugal exerceu no jogo através do domínio da posse de bola foi realçado sucessivamente pela forma como abordou os lances de ataque, direccionando a bola, em longos passes diagonais, para os seus extremos, Ronaldo e Simão, o que conseguiu com sucesso. A Turquia tentou colocar os jogadores adversários em fora-de-jogo, principalmente durante a primeira parte, na qual conseguiram anular ataques de Portugal dessa forma por seis vezes.

Ataque
Até ao primeiro golo, Portugal foi a formação mais ofensiva. Só na primeira metade do encontro dispôs de sete cantos - dois deles marcados à maneira curta - contra apenas dois do seu opositor. E foi só depois de sofrer um golo que a Turquia ganhou este duelo estatístico particular, conseguindo três cantos, contra nenhum de Portugal. De facto, a Turquia pareceu ganhar ascendência na partida após estar em desvantagem no marcador, mas pouco fez para aproveitar uma crescente posse de bola. O seu controlo foi ineficiente no último terço do terreno - consequência da inteligente marcação à zona posta em prática por Petit, João Moutinho e Deco.

Qualidade de passe
Outro factor fundamental que ajuda a explicar o domínio de Portugal foi a qualidade de passe revelada pelos dois médios-centro - Petit teve uma taxa de sucesso de 86 por cento e Moutinho atingiu uns impressionantes 89 por cento. A Turquia teve menos qualidade de passe nessa zona do terreno, com o capitão Emre Belözoğlu a ter uma taxa de sucesso de 70 por cento, uma vez que o domínio total de Portugal no meio-campo o impediu de desenvolver o seu jogo em direcção à grande área, de modo a criar perigo.

Insatisfeitos com o resultado
Quando a Turquia partiu em busca do empate, no último quarto-de-hora do jogo, Portugal apostou principalmente no contra-ataque para criar perigo. Não satisfeitos com a vantagem mínima, os jogadores portugueses continuaram a pressionar bem à frente, com Nani a substituir Nuno Gomes e a juntar-se ao seu companheiro de equipa no Manchester United FC, Ronaldo, incomodando permanentemente os defesas turcos. E foi através de uma jogada desenvolvida pelos flancos que Ronaldo começou a delinear o segundo golo português, que viria a ser concretizado por Raul Meireles, selando dessa forma um triunfo justo.

Luiz Felipe Scolari, seleccionador de Portugal
Foi fundamental a equipa não ter perdido a tranquilidade, tal como não é normal enviarmos três bolas aos ferros. Mas o importante é que ganhámos os três pontos e sabemos que com seis ficamos apurados para a próxima fase. Por isso foi importante, pois sabíamos que este jogo valia 50 por cento da qualificação. Hoje foi muito importante o trabalho físico que fizemos, mas também estivemos bem a nível técnico. A infelicidade do Quim serviu para unir todo o grupo. Eles sabem que num lance se pode perder uma grande competição e ele já havia perdido o Mundial de 2002. Foi uma situação falada entre nós e todos decidiram dedicar a vitória ao Quim, que é um dos nossos. Agora vem o Nuno, que conheço bem e de quem tenho boas informações desde 2003. A jogar assim temos boas possibilidades de seguir para a próxima fase. Vamos passo-a-passo.

Fatih Terim, seleccionador da Turquia
A primeira parte foi mais equilibrada e apesar de Portugal ter mais posse de bola não lhes permitimos grandes oportunidades de golo. Na segunda parte, quando tentávamos regressar ao jogo sofremos um golo que não devíamos ter sofrido. Tínhamos defesas lesionados - Servet Çetin corria, mas estava inferiorizado – e houve uma falha de concentração. Na primeira parte, o Bosingwa e o [Paulo] Ferreira estavam a descer muito pelas alas e queria proteger o Hamit [Altıntop] e Emre [Belözoğlu], por isso reforcei o meio-campo. Defendemos melhor na segunda metade e estávamos a começar a controlar a partida quando sofremos o golo inicial. O jogo com a Suíça afigura-se muito importante para nós. Vamos melhorar onde estivemos mal aqui e jogar melhor diante da Suíça. Não foi fácil jogar contra Portugal. Eles têm jogadores de classe mundial e são um dos favoritos a vencer o torneio.

Pepe, defesa de Portugal
Trabalhei muito com este grupo para chegar aqui. O nosso técnico trabalhou muito as bolas paradas e o jogo aéreo connosco. Foram muito importantes estes três pontos, tal como o golo o foi para mim. Não consigo descrever o que senti ao marcar. Agradeço a todos os que me apoiaram e ajudaram a chegar até aqui. No lance senti a convicção de que poderia conseguir algo, por isso avancei. Consegui marcar, mas o importante é que jogámos todos como equipa.

Ricardo Carvalho, defesa de Portugal
Era muito importante entrar com o pé direito e vencer o primeiro jogo. Os golos vieram tarde, mas chegaram. Depois desta vitória é importante ganhar o próximo jogo.

Simão, extremo de Portugal
Foi uma vitória importante, com golos bonitos, pois sabíamos o que tinha acontecido em 2004. Decidimos dedicar a vitória ao Quim, porque ele merecia estar aqui.


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