sexta-feira, junho 20, 2008

Portugal 2-3 Alemanha


Portugal

1 Ricardo
2 Paulo Ferreira
4 Bosingwa
7 Cristiano Ronaldo
8 Petit (73 min)
10 João Moutinho (31 min)
11 Simão
15 Pepe
16 Ricardo Carvalho
20 Deco
21 Nuno Gomes (67 min) ; (GOLO 40 min)

Suplentes

12 Nuno Espírito Santo
22 Rui Patrício
3 Bruno Alves
5 Fernando Meira
6 Raul Meireles (31 min)
9 Hugo Almeida
13 Miguel
14 Jorge Ribeiro
17 Ricardo Quaresma
18 Miguel Veloso
19 Nani (67 min)
23 Hélder Postiga (73 min) ; (GOLO 87 min)
Treinador: Luiz Felipe Scolari


Alemanha

1 Jens Lehmann
3 Arne Friedrich
6 Simon Rolfes
7 Bastian Schweinsteiger (83 min) ; (GOLO 22 min)
11 Miroslav Klose (89 min) ; (GOLO 26 min)
13 Michael Ballack (GOLO 61 min)
15 Thomas Hitzlsperger (73 min)
16 Philipp Lahm
17 Per Mertesacker
20 Lukas Podolski
21 Christoph Metzelder

Suplentes

12 Robert Enke
23 René Adler
2 Marcell Jansen (89 min)
4 Clemens Fritz (83 min)
5 Heiko Westermann
8 Torsten Frings
9 Mario Gómez
10 Oliver Neuville
14 Piotr Trochowski
18 Tim Borowski (73 min)
19 David Odonkor
22 Kevin Kuranyi
Treinador: Hans-Dieter Flick


Portugal despediu-se esta quinta-feira do UEFA EURO 2008, ao perder por 3-2 nos quartos-de-final, frente à Alemanha. A "mannschaft" revelou-se letal no St. Jakob-Park, em Basileia, com Bastian Schweinsteiger, Miroslav Klose e Michael Ballack a assinarem os tentos da formação de Joachim Löw. Nuno Gomes e Hélder Postiga marcaram pela selecção portuguesa.

Lampejos de Deco
Os primeiros minutos ofereceram uma intensa e apaixonante luta pelo comando do meio-campo, sem que nenhumas das equipas conseguisse garantir tal desiderato. O equlíbrio traduziu-se em constantes alternâncias na posse de bola, ainda que a magia dos passes de Deco fosse, aqui e ali, colocando em sentido os flancos germânicos. O primeiro remate à baliza só surgiu aos 15 minutos e nasceu de mais uma pequena pérola de Deco, que solicitou a entrada de Simão na direita, com o extremo português a rematar para uma defesa segura de Jens Lehmann. E foi preciso esperar apenas mais cinco minutos para João Moutinho desperdiçar a primeira grande ocasião de golo do encontro. Bosingwa foi à linha no lado direito e cruzou para a entrada do médio do Sporting, mas este hesitou e acabou por atirar por cima da barra com a... coxa.

Schweinsteiger marca e oferece
A Alemanha ia limitando as suas acções ofensivas a esporádicas incursões de Bastian Schweinsteiger pelo lado direito, mas quis o destino que o médio do FC Bayern München voltasse a revelar a mesma inspiração que lhe permitiu bisar frente a Portugal no jogo de atribuição do terceiro lugar no Mundial de 2006. Estavam decorridos 22 minutos quando Michael Ballack e Lukas Podolski combinaram bem na esquerda, com o último a cruzar na perfeição para a entrada vitoriosa de Schweinsteiger, que se adiantou a Paulo Ferreira e bateu Ricardo. Fazendo jus à frieza e letalidade que sempre foram a sua imagem de marca, os alemães chegaram ao 2-0 aos 26 minutos. Schweinsteiger cobrou um livre descaído na esquerda e cruzou para a área portuguesa, aparecendo o embalado e desmarcado Klose a cabecear para o fundo da baliza.

Nuno Gomes reduz
Portugal abanou, mas sem nunca cair. Mesmo já sem João Moutinho, que foi substituído por Raul Meireles à meia-hora de jogo, devido a lesão, os comandados de Luiz Felipe Scolari encheram o peito e partiram de imediato em busca da redenção. Liderada pelo omnipresente Deco e com Bosingwa a criar desequilíbrios no seu flanco, a equipa portuguesa logrou mesmo reduzir a cinco minutos do intervalo. Cristiano Ronaldo surgiu em posição privilegiada e rematou para uma boa defesa de Lehmann, mas a bola sobrou para Nuno Gomes, que não perdoou na recarga, de nada valendo a desesperada tentativa de corte de Christoph Metzelder. Completamente por cima, Portugal esteve a escassos centímetros de restabelecer a igualdade mesmo em cima do intervalo, mas Ronaldo não foi feliz.

Bolas paradas fatais
A vontade de marcar cedo com que a equipa portuguesa regressou dos balneários causou problemas madrugadores à Alemanha, como atestam os cartões amarelos vistos pelos laterais Arne Friedrich e Philipp Lahm. O 2-2 só não foi uma realidade aos 57 minutos porque Pepe cabeceou por cima da barra a um metro da linha fatal, isto após Deco ter desviado de cabeça ao primeiro poste, na sequência de um canto. Asfixiada pelo vendaval português, a Alemanha sentia dificuldades inclusive em sair do seu meio-campo, mas praticamente na primeira vez em que o conseguiu chegou ao 3-1. Schweinsteiger, sempre ele, cobrou um livre na esquerda e cruzou para a área portuguesa, com Ballack a aproveitar a indecisão de Paulo Ferreira e Ricardo para cabecear para o fundo das redes.

Postiga demasiado tarde
Scolari não perdeu tempo e fez entrar Nani para o lugar de Nuno Gomes, com Ronaldo a derivar para o papel de ponta-de-lança. A desvantagem de dois golos teve um natural impacto negativo na manobra de ataque de Portugal, com a vontade de fazer tudo rápido a emperrar o entusiasmante carrossel das "quinas". Os remates à baliza alemã (quase eles de fora da área) iam sucedendo-se à mesma velocidade com que diminuiam as esperanças portuguesas. O suplente Hélder Postiga ainda logrou reduzir para 3-2 aos 87 minutos, ao desviar de cabeça um cruzamento de Nani, mas o sonho de repetir o épico jogo dos quartos-de-final de há quatro anos, frente à Inglaterra, não passou de uma mera ilusão.

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